Jornalista e
advogado, Cyro de Mattos, doou 70 livros de "Canto até hoje", sua
obra poética completa, para as bibliotecas e espaço de leitura do estado. De
acordo com o diretor geral da Fundação Pedro Calmon, Zulu Araújo, a obra de Cyro de Mattos é e será
de grande valia para o estímulo do livro e da leitura em todo o estado. Cyro de
Mattos é contista, novelista, romancista, cronista, poeta, ensaísta e
organizador de antologia. É autor de 54 livros e seus contos e poemas figuram
em mais de 50 antologias, no Brasil e no exterior. Conquistou mais de 40
prêmios literários. É membro efetivo do Pen Clube do Brasil, Ordem do Mérito da
Bahia, no grau de Comendador, e da Academia de Letras da Bahia. De acordo com o
diretor geral da FPC, Zulu Araújo, a obra de Cyro de Mattos é e será de grande
valia para o estímulo do livro e da leitura em todo o estado.
O
Imaginário Desfile da Embaixada Africana
Com o intuito de salvaguardar a memória da
Bahia, a Fundação Pedro Calmon (FPC/SecultBa) recebeu também como doação a obra
"O imaginário desfile da Embaixada Africana", do artista Anderson AC
Presidente Zulu Araújo faz pronunciamento público sobre a doação à FPC de obras importantes.
A
produção ficará sob a responsabilidade do Arquivo Público do Estado da Bahia
(APEB) e ficará exposta para o público. A obra faz parte do Memórias do Reinado
de Momo, que tem como objetivo central o fortalecimento da memória do carnaval
de Salvador. O projeto é coordenado pela pesquisadora e doutora em Cultura e
Sociedade, Caroline Fantinel e a concepção é do professor e vice-reitor da UFBA
Paulo Miguez.
A
Embaixada Africana foi um grupo carnavalesco, que surgiu no final do século
XIX, e se destacou como clube uniformizado negro. Apresentavam-se através de
grandes desfiles que tematizavam uma África de feitos gloriosos, distante do
imaginário comum da pobreza, do atraso e da escravidão de que o continente era
associado. Porém, foi proibido de desfilar em 1905, assim como os demais grupos
da cultura negra, porque apresentava 'costumes africanos com batuques'.
Para
Caroline Fantinel, "é uma grande alegria entregar a obra para o Arquivo
Público da Bahia. Estamos seguros de que é um espaço que vai contribuir para a
promoção da memória desse importante clube carnavalesco que fez tanta história
no carnaval de Salvador e na vida da cidade na virada para o século XX".
Ainda segundo Caroline, "o legado social, político, cultural e estético
desses embaixadores festivos é imenso e precisa ser amplamente conhecido para
que seja usado como ferramenta de força e resistência pela população negra
soteropolitana", afirmou.
De
acordo com a diretora do APEB, Teresa Matos, "o carnaval representa um
componente significativo da cultura e da identidade da Bahia. Fato que explica
a integração da obra ao acervo do Arquivo Público". Para saber mais do projeto
Memórias do Reinado de Momo, clique aqui.
Centro
de Memória
Outro material importante doado à FPC foi do acervo de César Borges. O
ex-governador do estado entregou parte de seu acervo pessoal com mais de 4 mil
itens ao Centro de Memória da Bahia (CMB), unidade da FPC. No acervo constam
publicações sobre história, política e economia, em diferentes formatos como
fotografias e audiovisuais, referentes ao período em que ele esteve à frente do
executivo baiano e no exercício do seu mandato no Senado Federal. De acordo com
o diretor do CMB, Walter Silva, "esse acervo se constitui como uma
importante fonte para o entendimento, sobretudo da política na Bahia e no
Brasil".
Fonte:
SecultBA
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