DIA DAS CRIANÇAS
Nós, adultos, por inúmeras vezes desejamos voltar à infância, reviver o tempo em que fomos felizes com tão pouco, construindo nossos próprios brinquedos, interagindo nas brincadeiras infantis sem necessitarmos dos aparatos tecnológicos do mundo atual que a cada dia nos deixam mais isolados das pessoas e principalmente, do convívio familiar.
Para um adulto uma caixa é apenas uma caixa; para uma criança é o tesouro do pirata, a casinha da boneca, a mala do ursinho, a porta do castelo, o amuleto da sorte. É o que a mente dela quiser que seja... E nós, adultos? Por que não conseguimos resgatar essa inocência? Como trabalhar, ganhar o sustento arduamente e ainda conseguir manter essa magia? A sociedade nos cobra uma maturidade cruel, estipula momentos para a felicidade, quando, na verdade, deveríamos ser felizes a todo momento.
Qual a melhor maneira de recuperarmos a candura senão através do olhar de uma criança? Felizes são aqueles que ao se aproximarem de uma delas, voltam a ser crianças, falam como crianças, transformam-se em personagens heroicos, vivenciam doce aventura onde a árvore é uma floresta, a bacia é um rio e o lençol velho é uma caverna.
Como é bonito o mundo de uma criança preservada da maldade e dos maus tratos! O sorriso na face dela nos enche de esperança, afinal, manter uma criança feliz é torná-la apta a amar. Mas o amor não vem do dinheiro; dessa forma, tudo que possamos comprar com a intenção de alegrá-la, será pouco duradouro. A boneca e o carrinho não terão tanto valor se não lhes ensinarmos a brincar.
Em resumo, quando olhamos para trás, o que mais nos conforta são as boas lembranças que vêm à nossa mente, assim como abrir um frasco vazio de um perfume para aguçar nossa memória olfativa.
Ser em início de evolução, a criança traz em si inocência e pureza, necessitando de amor, cuidados e proteção a todo momento. Nossas ações são a melhor forma de nos tornarmos eternos em seus corações.
Ceres Marylise
12/10/2012
