CAMACÃ - Cyro de Mattos

              


Camacã
 Cyro de Mattos

Certo pássaro
Distante canta
No meu peito
A fuga do vento
Sem rumo certo,
O horror do sol
Vendo as águas
Na mancha
Que envergonha.
Atravessa-me
Nestas ladeiras
A flecha quebrada,
Dispersa nas cores,
Cheiros e sentidos
De todas as manhãs,
A bala que baniu
Da taba a dança
Em dó e lágrima
Até o último gemido.