A
Academia de Letras de Itabuna comunica o
falecimento, na madrugada desta quinta-feira, 26 de março, do eminente escritor
e crítico literário Hélio Pólvora, ocupante da Cadeira nº 17, que tem como
patrono Machado de Assis.
Natural
de Itabuna, sul da Bahia, onde nasceu em 1928,
Hélio é autor de 26 títulos de obras de ficção e crítica literária, além
de uma atividade jornalística intensa. É considerado um dos mais importantes
contistas brasileiros do século 20, com destaque para obras consagradas pela
crítica e pelo público, a exemplo dos livros Os galos da aurora (1958),
Estranhos e assustados (1966) e Mar de Azov (1986).
Doutor
honoris causa pela Universidade Estadual de Santa Cruz, atuou como editor
(Edições Antares, Rio de Janeiro), crítico literário do Jornal do Brasil, Veja
e Correio Braziliense, cronista e crítico de cinema do Jornal do Brasil,
Shopping News e outros jornais e revistas. Fundador e editor dos jornais A
Região e Cacau-Letras, foi também cronista do jornal A Tarde onde publicava um
artigo semanal, na página Opinião e aos domingos.
Conquistou
prêmios literários de nomeada, entre os quais os da Bienal Nestlé de
Literatura, anos 1982 e 1986, para contos (1.º lugar), e mais os prêmios da
Fundação Castro Maya, para o livro Estranhos e Assustados, e Jornal do
Comércio, para Os Galos da Aurora. Assina cerca de oitenta traduções de livros
de ficção (romances e contos) e ensaios. Como crítico literário é considerado
um dos melhores analistas da obra de Machado de Assis. Pertenceu à geração dos
escritores itabunenses Telmo Padilha,
Cyro de Mattos, Sonia Coutinho, Walker Luna, Firmino Rocha e Valdelice Soares Pinheiro.
Sônia
Carvalho de Almeida Maron
Presidente
da Academia de Letras de Itabuna