Soneto do Poeta de Água Preta


Por Cyro de Mattos

           Dedico a Florisvaldo  Mattos
            e sua poesia com 50 anos
             na estrada.

Nessa lavra que é memória de lida
Esplende o timbre de Ávila no feudo,
O tempo galopa na madrugada
De brasões, cai na tarde enriquecido.

Palavra solidária que cativa
Tristes braços comoventes de seiva,
Duro clamor de sombras expectantes
Que o camponês recolhe nos poentes.

Vem das manhãs de Água Preta esse grito
Civil, a rosa que não cala, pede
O homem sem as algemas da cidade

E espadas vis cegando a liberdade.
Quanto mais segue na esperança o vento
Sabe do mundo o amor como verdade.