Divertir-se nas tentativas
Raquel Rocha*
Tento
ler um livro mas o pensamento voa, não consigo me concentrar, estou
cheia de questionamentos. Sinto necessidade de escrever sobre o sentido
da vida e mais um monte de questões filosóficas que nos atormentam.
Minha filha de 8 anos chega toda eufórica: “Mâe! Tem sol! Posso tomar
banho de piscina?”
Eu respondo que tem sol mas estamos no inverno e que a água está gelada. Ela insiste. Eu deixo. Logo depois ouço os gritinhos dela. Olho da varanda. Ela está na piscina, na escada da piscina com a água quase na cintura. A água está gelada demais e ela não consegue mergulhar.
Ela sempre faz isso, aí fica com a parte do corpo que consegue na água e joga mais água para cima brincando, molha descaradamente os cabelos, dá gritinhos como se os gritos fossem encorajá-la a pular.
Ela nunca pula quando a água esta fria. Mas ela sempre tenta. Acho até que ela se diverte nas tentativas.
Penso sobre como divertir-se nas tentativas. Começar coisas sem se preocupar em ir até o final, ir até onde puder, e mesmo assim se divertir muito.
Desço e tiro uma foto. Já não preciso escrever sobre o sentido da vida.
Eu respondo que tem sol mas estamos no inverno e que a água está gelada. Ela insiste. Eu deixo. Logo depois ouço os gritinhos dela. Olho da varanda. Ela está na piscina, na escada da piscina com a água quase na cintura. A água está gelada demais e ela não consegue mergulhar.
Ela sempre faz isso, aí fica com a parte do corpo que consegue na água e joga mais água para cima brincando, molha descaradamente os cabelos, dá gritinhos como se os gritos fossem encorajá-la a pular.
Ela nunca pula quando a água esta fria. Mas ela sempre tenta. Acho até que ela se diverte nas tentativas.
Penso sobre como divertir-se nas tentativas. Começar coisas sem se preocupar em ir até o final, ir até onde puder, e mesmo assim se divertir muito.
Desço e tiro uma foto. Já não preciso escrever sobre o sentido da vida.