Sione Maria Porto de Oliveira é membro-fundador da Academia de Letras de Itabuna (ALITA).
Pelo voto, a sociedade muda um
país. A perspectiva de um povo está na sua união. A paralisia do brasileiro
parece que está chegando ao fim. Vimos que a MANIFESTAÇÃO DAS RUAS levantou
milhares de brasileiros, que saíram da letargia do berço esplêndido. Diante de
tantas incertezas, mudamos agora ou calaremos para sempre pela inércia do
comodismo.
Estudos revelam que o brasileiro não aguenta
mais corrupção, desonestidade, desvio de dinheiro público pelos políticos,
violência sem freio, com mortes, assaltos, linchamentos de homens, mulheres e adolescentes,
a exemplo do jovem acusado de roubo em fevereiro foi espancado e acorrentado nu
em um poste no bairro do Flamengo (RJ), da dona de casa no Guarujá (SP),
Fabiane Maria de Jesus, 33 anos, confundida por um retrato falado pelo site
Guarujá Alerta, que havia sido feito em 2012, no Rio Janeiro, sendo massacrada
e assassinada em praça pública, além da jovem Taís Cristina Martins, de 13 anos
de idade, morta a pedradas por duas adolescentes em Foz do Iguaçu, as quais,
por sua vez, sofreram tentativa de linchamento por parte de populares
revoltados, invasões, roubo a bancos e a caixas eletrônicos, tudo isso visível
por falta de políticas públicas de seus governantes. Essa volta à Idade Média é
vista como negativa na credibilidade nas instituições.
Aliada à falta de segurança pública tem
ainda o caos na saúde (postos sem check-list
mínimo, como falta de ambulatório, medicamentos, maca, desfibrilador, dentre
outros procedimentos necessários e na educação – escolas fechadas por falta de
professores, merenda escolar, material didático e locais salubres para os
nossos filhos, destacando ainda as péssimas condições das estradas brasileiras
regiamente mostradas pela mídia televisiva.
Diante disso, temos diariamente
protestos por melhorias em todos os setores de serviços. O futuro está duvidoso.
Mas, você leitor, pode mudar este quadro, exercendo a cidadania.
O voto é individual, mas, somado a
tantos outros, firmes e sem cabrestos, podemos mudar o quadro caótico em que
vivemos.
Somos milhares de desiludidos que sonham
com outras plagas.
O sentimento patriótico ressurge com a Copa
do Mundo, mas precisamos de mais... Mais vida, mais respeito, mais dignidade,
mais moradia, emprego fixo e renda.
O modelo que temos e os desmandos dos
políticos atuais não atraem mais a população com suas propostas vazias, muito
embora programas, como o Bolsa Família, sejam, na política social de ajuda, atraentes
e auxiliem a vida de milhares de brasileiros, modelo internacional de combate à
miséria e exclusão, porém não têm o resultado final que traga ao homem à sua
independência econômica e que deixe para os seus filhos um legado de que possam
se orgulhar, pois apenas perpetua a dependência das famílias assistidas que não
querem trabalhar para não deixar de receber o beneficio.
No caso do Bolsa Família, o programa diminuiu
a pobreza, mas não avançou na qualificação dos brasileiros, proficiência nos
indicadores de saúde nutrição, vacinação e progressão escolar, como indica André
Portela Souza, professor da Escola de Economia de São Paulo da FGV (Folha de
São Paulo, 20/10/13).
O homem só cresce pelo seu esforço de
luta e ganho do fruto do seu trabalho. Não adianta dá somente o peixe; é
necessário ir mais longe, dar a vara para pescar.
Não está sendo fácil para os
marqueteiros ministrar sonhos e promessas irrealizáveis dos políticos.
A insatisfação das mazelas de um povo
sofrido, morrendo nos corredores dos hospitais, postos de saúde, nas escolas
públicas, alvejado pela violência de pseudojusticeiros, é o maior desafio para
mudar o Brasil, que sofre de falência múltipla de governo justo e humanitário em
prol do maior bem que é a vida e a sua segurança.
O povo brasileiro não quer mudança
passageira. Quer vida decente e rumo certo para o Brasil.
Mais uma vez, afirmamos que o voto é individual,
mas somado a todos aqueles com responsabilidades, é o caminho para a mudança.
Vote certo, vote consciente e escolha o
melhor para o Brasil.