Cyro de
Mattos
No sempre do vento,
No sem agora do silêncio,
Embarcado em solidão.
Ah, o mar misterioso
Quer me parecer destino.
Entre viver e partir,
Nunca mais reverter
Minha casa de sonhos
Onde no quintal
convivi
Com auroras e bichos.
E no alpendre divisei
Gente que inventei
Para oscilar nas vagas
Assustadas, estranhas.
Assim cheguei neste mar
Que me torna secreto.
De estar nele para sempre
Como em alta onda vertido
Não sei se encalho ou sigo,
Embora certo
do que fiz
E deixo com mergulhos
Fundos, profundos,
Para inaugurar sentidos.